Defesa dos direitos das mulheres nos países islâmicos
João, 16 anos, Albufeira
29 Maio, 2023
Serão hoje os direitos das mulheres, nos países islâmicos respeitados pela sociedade? Não, os direitos das mulheres não são respeitados pela sociedade nestes países. O termo Direitos das mulheres refere-se aos direitos objectivos, reivindicados para as mulheres em diversos países. Porém, em alguns destes países, os mesmos são suprimidos ou completamente ignorados. Os direitos das mulheres, nomeadamente o respeito às mesmas, no que toca aos países islâmicos, continua a ser um assunto bastante falado e discutido pela sociedade.
Na época medieval, as mulheres eram tratadas de modo submisso, só pelo simples facto da sua condição, serem mulheres. Só em caso de viuvez é que tinham o direito à sua propriedade, e a assumir a chefia da família, o que nos mostra que este problema, não é um problema atual, há bastante tempo.
Em Portugal, as mulheres deixaram, perante a lei, de dever obediência ao marido em 1910 e, em 1931, puderam votar desde que tivessem um curso secundário ou superior. Só em 1968 obtiveram direitos políticos iguais aos dos homens, e, apenas no ano seguinte, salário equivalente ao masculino.
Mas, voltando ao assunto principal, as leis e a cultura islâmica possuem um grande impacto nos mais variados aspetos da vida de uma mulher, como a sua educação, a oportunidade de emprego, herança, casamento e justiça, entre outros. O papel das mulheres, na sociedade muçulmana, mudou desde que o Islamismo começou na Arábia, no início dos anos 600 d.C., com a mudança de circunstâncias sociais, económicas e políticas.
Embora o Islão considere homens e mulheres como moralmente iguais, à vista de Alá, as mulheres não tiveram o mesmo acesso a muitas das áreas da vida islâmica. Historicamente, as mulheres muçulmanas não foram tratadas como iguais aos homens, o que mostra que não é um problema atual. Um dos exemplo, da falta destes direitos, é o facto de as mulheres ainda precisarem da autorização de um familiar do sexo masculino para se casar ou viver sozinhas, incorrendo em penas graves se não o fizerem. Uma relação com um homem, fora do casamento, ou não aprovado pela família é considerado um crime grave, que por vezes leva a que mulheres sejam castigadas em praça pública.
Um segundo exemplo da falta de direitos comuns à maioria das mulheres é não ser permitido o uso de roupas ao estilo ocidental, na Arábia Saudita, devem usar uma interpretação da sharia, com um vestido longo e preto de manga longa, chamado abaya. Elas também devem cobrir os cabelos com um véu, e em alguns casos o rosto precisa ser totalmente coberto. A Maior parte não tem direito em emitir opiniões pessoais acerca de nenhum assunto e se o fizer a sua opinião não é considerada. As jovens já se começam a manifestar pelos seus direitos e muitas vezes já o fazem acompanhadas de colegas homens da sua idade, que, finalmente começam a perceber a injustiça das suas mulheres.
Não deve ser fácil para uma jovem islâmica, ver as outras jovens ter direitos que elas não conseguem ter, direito a vestir-se como gosta, a decidir o que lhe apetece fazer, a estudar (em alguns países islâmicos), a poder opinar acerca da vida familiar. Não deve ser fácil ser mulher nestes países, é preciso ter muita força e coragem.
A meu ver, por mais que lutemos por estes direitos, não falando só nos países islâmicos mas, nos direitos das mulheres a nível global, por mais que a maioria já queira e aceite que as mulheres possuam os mesmos direitos que os homens, acredito que ainda existam muitas vozes que irão querer estabelecer uma diferença nesses direitos. Acredito que esta realidade se vá diluindo e que estas diferenças possam acabar em todos os países. Não é por sermos do sexo masculino ou que podemos ter certa profissão, ter um salário diferente, direito a opinar e decidir, a estudar entre outras coisas. Cabe-nos a nós, jovens, que no futuro lutemos por estes direitos de igualdade entre sexos, será sempre uma luta difícil mas acredito que será possível.