Direitos dos animais.

Elisabete, 16 anos, Albufeira
29 Maio, 2023
O que é o direito de um animal, é um movimento que procura garantir respeito e proteção dos animais contra maus-tratos e outros atos cruéis (experiências científicas, proibição à liberdade, etc…), um direito que não está consagrado e registado. Debatemo-nos cada vez mais com este problema, devemos defender os animais e encontrar estratégias/medidas, para que a sua vivência seja assegurada com justiça e respeito, bem como a sua liberdade.
Os direitos dos animais é um assunto que continua na ordem do dia e que é alvo de constantes debates e reflexões. A presença dos animais é relevante, visto que sempre existiram e fizeram parte do meio ambiente, antes até, da existência do Homem, a Terra já era habitada por eles. Vários filósofos como Kant, apresentaram as suas posições através de hipóteses/teses, argumentos e exemplos (o mais conhecido é da experiência científica, pois já existe há séculos) para ajudar os animais. Por isso é que devemos atentar para a importância deste assunto.
Como defensora da questão de que os animais devem ter direitos, considero que os seres humanos têm muitas obrigações para com os animais e infligir-lhes sofrimento desnecessário e evitável, só esta posição poderá ter sentido neste novo mundo moral e humano. Por esta razão, vou apresentar argumentos que referem a ausência de direitos por estes seres vivos.
Tal como os seres humanos, os animais domésticos, exóticos e selvagens têm vida, ou seja, estão conscientes do mundo e sentem dor. Mas, a toda a hora assistimos a notícias de maus tratos, que vão desde neglicência com os animais domésticos, morte de animais selvagens por desporto, utilização de cobaias para uma série de fins científicos. O conhecimento científico é o argumento mais utilizado para mostrar como são tratados, sem respeito, como o caso do laboratório da empresa Vivotecnia que divulgou vídeos das suas experiências, onde se podiam ver maus-tratos e problemas genéticos que aconteceram aos animais registados para serem testados.
A criação de parques zoológicos, os circos, as touradas e os desportos que envolvem animais, principalmente os cavalos, são situações que nos permitem visualizar e verificar que aos animais não é dado o direito de viverem em liberdade. São trancados em jaulas sem condições agradáveis, são proibidos de expressar e manifestar comportamentos, ou são retirados à força do seu habitat para participar em eventos e trabalhos que causam stress, dor, e às vezes, a perda da sua própria decência. Isto tudo, só para o ser humano se possa divertir.
Apesar de estes acontecimentos já terem ocorrido antigamente, com os torneios medievais, lutas com animais, corridas de bigas, que serviam para os cavaleiros treinarem, mas provocavam dor e morte do animal, considero que tal como as sociedades evoluem também o ser humano evolui e deve começar a ter a noção de que os animais fazem parte do nosso habitat, que é necessário olhá-los com outros olhos para perpetuar a sua espécie e lhe proporcional bem-estar animal.
Mas, ainda existe muita gente com objeções à teoria da defesa dos animais que defendo, a primeira crítica descreve o desequilíbrio da reprodução de animais, como o caso dos javalis que devem ser abatidos, porque o seu crescimento rápido d pode levar à morte dos humanos e também de outros animais, as suas presas, por esse motivo são controlados e fechados numa área restrita e o seu abate é autorizado, por exemplo, o governo dos Açores, matou mais de 80 mil animais.
Outro aspeto que viola o direito dos animais é a hipocrisia das pessoas, isto é, estão a defender os animais, mas esquecem os maus tratos a que muitos são sujeitos para nos alimentar diariamente. Afinal, a maior parte dos humanos come animais, carne de vaca, de porco, de borrego, mas para que o alimento chegue à nossa mesa muitos são os animais que são vitimas de maus tratos diários, que não têm o direito a ter liberdade, que não vêem a luz do sol, isto tudo devido à produção em massa.
Apesar de a experimentação animal ser uma parte significativa e vital para a descoberta da cura de doenças humanas devastadoras, e para proteção de produtos comerciais (alimentos e suplementos) esta não deve ser feita de forma a explorar o facto de os animais, como os ratos e outras espécies, serem considerados pragas, deve ser controlada, pois tal como as outras espécies eles são necessários.
Concluindo, o direito à vida é para todos, dependendo de quem somos, humanos ou animais. Ao longo do tempo, foram muitas as pessoas que pensaram e argumentaram para preservar estes seres vivos, porém a ignorância e a superioridade, presente na cabeça de muitos humanos deixa que continue a acontecer muito mau trato animal e muito desprezo pelo seu direito à vida com dignidade. Os direitos fundamentais dos animais só conseguirão ser reconhecidos após muita luta e sofrimento, têm sido muitas as manifestações, os debates na Assembleia da República e muita coisa se tem conseguido, mas ainda existe um longo caminho para traçar e conseguir que, pelo menos os animas domésticos tenham mais direitos e os selvagens sejam mais protegidos para não acontecer a sua extinção.
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