Grita, diz, faz...
Conta-me 25 de Abril

Byou – A importância dos Meios de Comunicação na Formação da Opinião Pública

Os Meios de Comunicação Social ou Mass Media são veículos de informação, educação e entretenimento na nossa sociedade!

Ao pensar na sua importância, vejo-os como um dos alicerces da democracia, uma vez que, sem eles, seríamos como marinheiros sem bússola à deriva no mar da ignorância.

Estes informam-nos sobre o que acontece à nossa volta e, ao mesmo tempo, dão-nos ferramentas para compreender e interpretar acontecimentos, conduzindo ao debate e à reflexão. As injustiças, as desigualdades, a violação dos direitos humanos, os excessos de poder, visíveis em alguns países, são expostos por estes e, acima de tudo, contribuem para a formação da opinião pública e a disseminação da informação, mobilizando a sociedade para causas importantes e, promovendo mudanças sociais positivas. A sua capacidade de informar, educar e entreter é inestimável!

Transmitir notícias, sim! Mas não é apenas essa a sua função!  É muito mais do que isso. Os meios de comunicação educam-nos, mostram-nos novas culturas e promovem o pensamento crítico, sendo, por isso, possível dar força às nossas vozes que, de outra forma, permaneceriam silenciadas. Os Media revelam-nos o que de bom e de mau há no mundo, permitem que reflitamos sobre a diversidade e a complexidade do mundo em que vivemos, como se de um espelho se tratasse.

Por outro lado, não devemos subestimar os perigos dos Media. A desinformação, ou seja, as “fake news” ameaçam e distorcem a realidade e influenciam negativamente a opinião pública. Além disso, a exposição constante a notícias sensacionalistas pode ter um impacto negativo na saúde mental, provocando stress e ansiedade, na população.

E, se olharmos para trás, constatamos que estes sofreram uma grande evolução, ao longo dos tempos, desde a impressão do primeiro jornal até à era digital, Ninguém contesta sobre o quão a transformação tem sido fascinante!

No século XXI, estamos imersos num oceano de informação digital. Redes sociais, blogs, podcasts… cada um de nós pode ser criador de um conteúdo. Todavia, precisamos de aprender a navegar neste mar de informação com discernimento, verificando as fontes, questionando e analisando criticamente tudo o que chega ao nosso conhecimento.

Os meios de comunicação moldam a nossa perceção do mundo. E nós, ao utilizá-los de forma consciente, contribuímos para uma sociedade mais informada e justa. Sejamos, acima de tudo, consumidores conscientes e responsáveis!

Rita Almeida, 10.ºA

Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite (S. João da Madeira, Aveiro)

Fake news – pesadelo social

Na verdade, o facto de as fake news se espalharem rapidamente, por todo o mundo, é prejudicial e, como resultado, muitas pessoas passam a acreditar em coisas que não são verdade, que não passam de boatos e que podem, até, vir a reforçar um pensamento mais negativo ou a espalhar mais ódio, através de mentiras e informações falsas.

Julgamos que as “fake news”’ transmitem informações falsas, as quais podem ser encontradas na Internet (principalmente através da divulgação pelas redes sociais), nos jornais, na televisão e até por rádio. Contudo, há que não esquecer que este tipo de notícia é usado com a intenção de enganar as pessoas e, por norma, o seu conteúdo é sensacionalista. Por isso, consideramos que se tornam perigosas, sendo urgente a mudança de algumas circunstâncias:

– como as “fake news” crescem conforme o número de partilhas, há que partilhar somente notícias que sabemos que são verídicas e questionar no caso de aparecer alguma notícia duvidosa;

– antes de partilharmos alguma notícia, compete-nos pesquisar e verificar se a notícia é, realmente, verídica.

Concluindo, podemos dizer que é preciso ter muito cuidado com as informações que a Internet nos fornece e, além disso, não acreditar em tudo o que lemos ou vemos, principalmente, através das redes sociais. Aliás, sabiam que, em cada dez notícias, seis não são sequer lidas pelo utilizador que as publicou?

Posto isto, pensem bem sobre este assunto que se está, nitidamente, a agravar no mundo!

Tomás Sá, Mariana Martins, 10.ºA

Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite (S. João da Madeira, Aveiro)

A dependência virtual

Desde que me conheço que, conheço, também, as redes sociais. Este mundo das novas tecnologias, que cresce de dia para dia e cada vez mais e mais, torna-nos dependentes.

O uso das redes sociais, principalmente as aplicações de mensagens instantâneas, está a tornar as pessoas dependentes, o que traz consequências, como o isolamento, o distanciamento da vida real e dos amigos e, principalmente, das relações familiares. As carências, como falta de afeto, baixa autoestima, depressão e ansiedade, estão cada vez mais visíveis na vida das pessoas. Aliás, atrevo-me a questionar se não andará meio mundo louco, pois há atitudes que não se conseguem perceber.

O pior é que isto é um ciclo vicioso, uma vez que, quanto mais as pessoas se sentem sós e ansiosas, mais se dedicam às redes sociais em busca de algum conforto, o chamado “falso conforto”.

Matilde Pinho, 10.º A

Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite (S. João da Madeira, Aveiro)

25 de abril

Na aurora foi bonito.

O País acordou.

Em abril, povo unido

um rumo encontrou.

A tristeza a cair

no olhar um brilhar.

Revolução a florir

A esperança a pulsar.

Nos campos, nas cidades,

Ecos de voz a rir.

Abril, deixa saudades

da liberdade a vir.

De coração na mão

a história a escrever

Vinte cinco então

Data a não esquecer.

(Texto original, criado  em fevereiro de 2024)

O texto foi explorado com sonoridades, que foram compiladas, em suporte de vídeo. Este produto cultural é apresentado por crianças, de 3, 4 e 5 anos.

JI Sto António, Escapães, concelho de Santa Maria da Feira.

Uma crónica de pernas para o ar

Eis uma versão distinta do texto original de Maria Judite de Carvalho.

«História sem Palavras»«História com Palavras»
  “Desço a rua, entro no metropolitano, estendo à menina muda as moedas necessárias, aceito o rectangulozinho que ela me fornece em troca, desço a escada, espero, paciente, que se aproxime o olho mágico da carruagem subterrânea. Ela chega, para, parte. Lá dentro, o silêncio do mar encapelado, isto é, o de toda aquela ferragem barulhenta, som de não dizer nada. Na minha paragem saio, subo as escadas do formigueiro ou do túnel de toupeiras por onde andei. E sigo pela rua fora – outra rua -, entro numa loja. De cesto metálico na mão (estamos na era do metal) escolho caixas, latas e latinhas, sacos. Tudo aquilo é bonito, bem arranjado, atraente, higiénico, impessoal. A menina da máquina registadora recebe a nota, dá-me o troco. Ausente, abstracta. Verá sequer as caras que desfilam diante de si? Apetece-me dizer qualquer coisa, que o troco não está certo, por exemplo. Que me deu dinheiro a mais. Ou a menos. Não digo nada. As máquinas sabem o que fazem. As meninas das máquinas também.    Tenho, de repente, saudades do bilhete de não sei quantos tostões que dentro de alguns anos deixará de se pedir em eléctricos e autocarros a um funcionário com cara de poucos amigos, do merceeiro que não nos perguntará mais como estamos nós de saúde, e a família, pois claro. Saudades do tempo das palavras, às vezes insignificativas, de acordo, mas palavras.    Volto a casa com as minhas compras, higiénicas, atraentes e silenciosas. Sinto-me no futuro. Não gosto.”   Maria Judite de Carvalho, «Diário de Lisboa», 22’07’1971  Desço a rua, cumprimento os meus vizinhos, entro no metropolitano, sorrio para a menina que está na bilheteira e digo-lhe «Bom dia!» e ela responde «Igualmente». Entrego-lhe as moedas necessárias e recebo o bilhete em troca. Desço as escadas, espero, conversando com as pessoas que me rodeiam, que se aproxime a carruagem subterrânea. Ela chega, para e parte. Lá dentro, as pessoas cumprimentam-se e vão dialogando com conversas de circunstância, ouvindo-se, ao fundo, uma música relaxante. Na minha paragem, saio, despedindo-me dos simpáticos desconhecidos. Subo as escadas e sigo pela rua fora – outra rua. Entro numa loja e sou recebido com um novo «Bom dia!» e consigo a ajuda de uma empregada para escolher o que desejo. Tudo aquilo é bonito, bem arranjado, atrativo, higiénico e informal. A menina da máquina registadora sorri e, enquanto ela passa as minhas compras, pergunta-me: «Está tudo bem consigo?». No final, entrego-lhe o dinheiro e esta dá-me o troco e diz: «Adeus e até à próxima!». As meninas das máquinas são muito comunicativas e transmitem-me sempre bem-estar. Tenho, de repente, saudades deste bilhete que, hoje, uso, pois, dentro de alguns anos, deixará, com certeza, de se ser pedido por um funcionário, sempre risonho, em elétricos e autocarros, no cumprimento do seu dever. Sentirei saudades do merceeiro que nos pergunta sempre como estamos nós de saúde e a família, pois claro! Adoro este tempo repleto de palavras, que nos preenchem, de sorrisos e de olhares, alguns pouco significativos, outros bem melhores. Volto para casa, feliz, com as minhas compras, higiénicas, atraentes e cheias de vida. Sinto-me bem e adoro esta sensação! Tomás Sá, 16 anos, AESL (10.ºA), S. João da Madeira

A influência da internet no nosso crescimento

A internet foi criada, em 1969, com o nome “Arpanet”, nos EUA. Desde que nascemos, observamos os nossos familiares e amigos a utilizarem, diariamente, as redes sociais com o intuito de conversarem, de se divertirem, de procurarem informações e, também, de trabalharem. Mas, para além das circunstâncias tão úteis que a Internet nos proporciona, temos de encarar, sem dúvida, o seu lado negativo e perigoso.

 A internet traz-nos várias vantagens, algumas delas bem importantes, como, por exemplo:

– o acesso à informação, uma vez que podemos aceder a qualquer tipo de informação, desde matérias escolares a uma simples receita de culinária;

– a comodidade, ou seja, podemos realizar várias tarefas como fazer compras, trabalhar e estudar sem sairmos do conforto das nossas casas;

– a comunicação com a família e amigos, assim como com as pessoas que vivem longe de nós, dado que se tornou mais fácil o diálogo e mesmo nos vermos, de forma mais frequente.

A partir do ano 2020, em virtude da pandemia, verificou-se, ainda mais, a importância da internet, sobretudo na casa de cada um de nós. Basta imaginarmos como tudo teria sido se esta não existisse, durante este período tão problemático… As chamadas de vídeo foram cruciais para pais, filhos e amigos manterem um contacto mais constante.

Evidentemente, nem tudo é um «mar de rosas», quando falamos de internet, pois todos temos consciência de que esta acarreta muitas desvantagens sobre as quais devemos ter muita atenção. Tomemos como exemplo a saúde:

– as dores de coluna, por exemplo, na medida em que as pessoas (e os jovens, sobretudo) passam muito tempo sentados numa cadeira, curvando a coluna, o que provoca dores;

– as crianças/jovens passam cada vez mais tempo em frente ao computador ou a outro acessório eletrónico, fazendo menos exercício físico e não convivendo com os amigos e família;

– a internet tornou-se viciante, especialmente em termos das redes sociais e dos jogos, pondo em risco a saúde mental.

Enfim, estes são apenas alguns dos argumentos que queremos destacar, mas a melhor solução passa por refletirmos sobre o quanto é essencial, atualmente, o uso das tecnologias e o quanto é crucial a sua presença no nosso presente e futuro; porém, esta representa, também, um perigo sobre o qual devemos estar atentos..

Leonardo Pereira e Matilde Pinho 15 anos (10.ºA) AESL (S. João da Madeira)

Um novo vírus: a tecnologia

A imagem representada é da autoria de Asier Sanz Nieto, um cartoonista, ilustrador e artista de colagens, desde 2017. Este cartoon foi publicado a 8 de maio de 2019 e intitula-se “I’ve seen things you people wouldn’t believe”, o que significa em português: “Eu vi coisas que as pessoas não acreditariam”.

A ilustração apresenta-nos a inversão de papéis que se observa, nos dias de hoje, em relação ao mundo da robótica e ao humano, salientando o relevo das novas tecnologias.

A imagem divide-se em duas partes: o lado dos humanos e o dos robôs. A respeito da parte dos humanos, temos como cor de destaque o cinzento, que nos remete para um  lado mais triste e sombrio. Deste lado, ainda conseguimos visualizar a cor azul, que é refletida pelos dispositivos móveis que os humanos estão a utilizar. Mesmo o azul sendo uma cor de tranquilidade e de harmonia, neste caso, representa a depressão e a frieza que todos os seres representados sentem.

Para além disso, já nem a cor da roupa das pessoas tem importância, estando todas vestidas de cinzento, o que se relaciona com sentimentos de depressão e de monotonia. Vemos, tanto crianças como adultos, a sofrerem deste vírus que é a tecnologia.

Contudo, o lado dos robôs remete- nos para a alegria, com o visionamento de cores vivas e alegres, irradiando

            um lado que, atualmente, está a desaparecer.

O cartoon dá-nos a ideia de que os androides da imagem estão a viver a vida mais intensamente que os humanos, enquanto que estes desperdiçam a vida,        sendo esta repetitiva e sem cor.

A partir desta imagem, o cartoonista elucida-nos que o mundo está em constante mudança, no entanto, não nos podemos esquecer das atividades lúdicas que tornam a vida mais alegre, das pequenas coisas que exultam os nossos dias. Se não lhes dermos atenção, agarramo-nos ao mundo digital e restringimo-nos a ouvir e a ver o que a tecnologia nos mostra sem questionarmos. Esta dependência tecnológica, infelizmente, espelha a  nossa realidade e atinge todas as idades. Começamos a ver que toda a nossa convivência se limita às novas tecnologias.

Não desprezando a inovação digital, pois é, foi e sempre será uma mais-valia no nosso mundo, temos de saber controlar o contacto e a relação que temos com o mundo virtual, pois, como representado na imagem, o excesso torna-nos seres solitários e antissociais.

INÊS CARVALHO|  LARA OLIVEIRA | LARA SILVA | ROBERTA MARTINS

12.ºA 17 anos

AESL S. João da Madeira

Saúde mental

Atualmente, os jovens passam por uma panóplia de pensamentos e de comportamentos que pode afetar gravemente a saúde mental. Com efeito, o uso abusivo e contínuo das redes sociais pode desenvolver obsessões ligadas a padrões de imagem e de vida perfeitas. Distúrbios alimentares, como a bulimia e a anorexia, bem como a automutilação, a depressão e a tendência suicida podem deixar marcas profundas e, muitas vezes, irreversíveis.

Acresce, ainda, referir que o desenvolvimento e a implementação da inteligência artificial na sociedade moderna, além das vantagens sobejamente conhecidas, pode estimular a preguiça mental, reduzir a capacidade de raciocínio e colocar limitações à competência comunicativa, colocando, assim, em causa a autonomia e a criatividade do ser humano em diferentes contextos.

Paralelamente, a existência de chats de namoro e de conversação pode, sem dúvida, gerar comportamentos viciantes, desviantes, gratuitos e até imorais. Muitos jovens e adultos tornam-se dependentes destes meios virtuais, colocando, muitas vezes, em causa o aproveitamento escolar, o desempenho e a produtividade no emprego e a harmonia nas relações familiares e sociais.

Em suma, cabe a cada um de nós assumir uma atitude moderada, autocontrolada, consciente e prudente em todos os domínios que podem conduzir a excessos passíveis de condicionar a nossa saúde mental e até a dos nossos familiares.

11.ºC_S. João da Madeira (AESL)