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Conta-me 25 de Abril

Saúde mental

 A saúde mental é tema que é cada vez mais reconhecido em todo o mundo, mas que ainda gera muita confusão em certas pessoas, fica então a questão: Será que é importante falar sobre a saúde mental? 

Mas, para falar sobre a saúde mental, é importante perceber no que consiste, apesar de não haver um conceito específico, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde mental é caracterizada por um estado de bem-estar no qual uma pessoa é capaz de apreciar a vida, trabalhar e contribuir para o meio em que vive ao mesmo tempo em que lida com as suas próprias emoções, simplificando, é quando uma pessoa consegue praticar as suas atividades quotidianas e lidar tanto com sentimentos positivos como com sentimentos negativos. A ansiedade, a depressão, a esquizofrenia, a perturbação bipolar e as dependências são alguns dos problemas relacionados com a saúde mental. 

Eu acredito que seja importante falar sobre a saúde mental em estabelecimentos de ensino, nos locais de trabalho, nos meios de comunicação social, para que as pessoas tenham um melhor conhecimento o tema. 

As pessoas com problemas relacionados com a saúde mental têm o seu dia-a-dia, a sua vida social e o seu trabalho afetados, podendo mesmo chegar ao ponto de perder o emprego, os relacionamentos, o que causa um maior sofrimento na sua vida. Muitas das pessoas afetadas por estes problemas sofrem de discriminação e são acusadas pelos outros de serem violentas, perigosas e incompetentes por falta de informação disponível. 

Com este preconceito, os que têm estes transtornos acabam por se isolar e abandonar os tratamentos, ou nem sequer os começar por vergonha de serem rotulados como “doentes mentais”. Isto aconteceu, por exemplo, ao ator, José Carlos Pereira, que passou por uma dependência de álcool e drogas e que admitiu que ser rotulado foi a parte mais difícil da sua recuperação. 

Para muitas pessoas, falar sobre a saúde mental é uma perda de tempo pois existem outros assuntos mais importantes como as guerras ou a fome que afetam mais pessoas e causam mais mortes, mas a verdade é que por causa de transtornos mentais, os suicídios causados por este problema, têm tido um acréscimo bastante significativo nos últimos anos e a tendência é a de aumentar sempre mais. Em Portugal, no ano de 2019, morreram 975 indivíduos sendo que a causa foi o suicídio. Em 2021 estima-se que por dia se suicidavam três pessoas, com um total de cerca de 1095 nesse ano. 

Então, considero que temos sim que falar sobre a saúde mental, promover debates, acompanhar os jovens nas escolas, falar sobre as diferenças, perceber o que vai no íntimo de cada um, sem desprezar, sem criticar, tentando perceber e ajudar… é necessário que se trate este assunto como uma urgência que deve ser tratada, como qualquer outra doença, não vista com estigmas, é urgente … 

O problema da desigualdade social

 A desigualdade social é a desequilibrada distribuição de recursos e oportunidades de uma sociedade, na qual existe uma parte da população beneficiada/privilegiada desses recursos, e outras com carência dos mesmos. 

Desde sempre que o homem, na sociedade, criou sistemas e regimes em que a desigualdade social predominou. Na primeira forma de democracia, a democracia ateniense, já existiam os conceitos de cidadão e direito, no entanto crianças, mulheres, metecos (estrangeiros) e escravos não estavam incluídos nesses conceitos. Na época medieval existia uma relação hierárquica de Vassalidade onde o senhor tinha todo o poder sobre o vassalo. Existiram até monarquias absolutas, em que uma única pessoa, o rei, detinha todo o poder sobre o resto da população. Ou seja, o conceito de desigualdade social não é algo novo na história. 

Atualmente, ainda é possível verificar essa divisão e desigualdade social, por exemplo, no caso das mulheres, os estudos afirmam que as mulheres ganham 78 cêntimos a menos em relação a cada euro que os homens ganham, apesar de realizarem o mesmo trabalho. Outros estudos feitos demonstram a diferença racial nas oportunidades, que se pode verificar quando uma grande quantidade de currículos de trabalho, completamente idênticos (mesmas experiências, mesmas licenciaturas etc), os currículos com nomes de pessoas negras tiveram 50% menos de hipóteses de serem chamados para uma entrevista do que os que apresentavam nomes “considerados” de pessoas brancas. 

Muitas pessoas consideram que a desigualdade social existente não é injusta, e que no caso da diferença salarial entre géneros, a mesma é simplesmente justificada pela falta de motivação das mulheres para trabalhar, e que os homens se esforçam e por isso merecem ganhar mais. Mas essa não é a realidade.

Para contradizer esta ideia, apresenta-se o seguinte exemplo: 

Dentro de uma sala de aula, quatro alunos de uma respetiva fila são desafiados a agarrar numa bola de papel, atirar, e acertar no balde do lixo, que se encontra à frente da primeira mesa do primeiro aluno. Ora quando os alunos atiram o papel, claro que os alunos que estavam mais atrás queixaram-se, enquanto os alunos da frente não. 

É óbvio que todos têm a mesma oportunidade de atirar a bola de papel para o cesto, no entanto vai ser muito mais difícil para o aluno que está mais atrás do que para o aluno na mesa à frente do lixo. Ou seja, apesar desta situação apresentar uma certa igualdade de oportunidades, as condições não são as mesmas para todos. Isto não quer dizer que quem está na fila da frente não tenha trabalhado para conseguir o que desejava, mas muitas vezes quando alguém se encontra na posição em que este aluno (à frente) estava, acaba por não ver as condições e os privilégios dessa mesma distribuição, enquanto que o individuo que está na fila mais atrás, consegue ver esse privilégio. 

Ou seja, normalmente os privilegiados não veem o problema na desigualdade social, e consequentemente não pensam em formas de acabar com o mesmo. Por esta razão é que é de extrema importância ver a perspetiva, ouvir as experiências e dificuldades que cada um passa, para que seja possível haver igualdade. 

Ora o filósofo Peter Singer afirma que se não temos de sacrificar algo de importância moral igual, então devemos ajudar quem se encontra em pobreza. O problema é que as pessoas que se apresentam esta situação (em que podem prestar serviços sem perder nada de igual importância moral) muitas vezes acabam por não o fazer, justificam-se com o argumento de que não é da sua obrigação moral ajudar os mais pobres, porque todas as riquezas e objetivos que atingiram foram a partir do seu próprio trabalho árduo, o que é verdade, no entanto é necessário voltar a relembrar o argumento referido em cima dos alunos na sala de aula, que demonstra que apesar de duas pessoas poderem ter as mesmas oportunidades, podem estar sujeitas a condições diferentes. O aluno que está mais à frente, sim trabalha para atirar e acertar com a bola no lixo, mas o aluno que está mais atrás tem de trabalhar muito mais devido aos entraves na sua situação. 

Outra grande razão para as pessoas se preocuparem com a desigualdade social é o facto de que as sociedades que apresentam formas de desigualdade social económicas, dão oportunidade às pessoas que apresentam mais riquezas e luxos para ter controlo sobre a vida das outras pessoas por exemplo na área da política, visto que para promover as campanhas políticas são necessárias grandes contribuições de dinheiro, ou seja provenientes de pessoas com riquezas, essas campanhas vão sempre responder mais às necessidades e desejos dos mais abastados, e as pessoas com menores condições e rodeadas de pobreza vão ser menos representadas e ouvidas. 

Concluímos então, que, mesmo no dia de hoje, existe desigualdade social apesar da suposta igualdade de oportunidades, mas não de condições, e que essas oportunidades são completamente influenciadas pelo dinheiro, que determina a forma como as pessoas vivem, em divisões sociais privilegiadas e não privilegiadas e que é de extrema importância as pessoas se preocuparem com a desigualdade/divisão social, visto que como vimos, as pessoas até podem ter acesso ás mesmas oportunidades, mas não apresentando as mesmas condições, não então diferenças justas. 

O aquecimento global e seus impactos na Terra e na humanidade

 O aquecimento global é um fenómeno causado pelo aumento da concentração de gases do efeito estufa na atmosfera, principalmente devido às atividades humanas. Esse aumento de gases retém o calor na atmosfera, elevando gradualmente a temperatura média da Terra, que tem impactos significativos para o planeta e humanidade, como o caso do derretimento das calotas polares, aumento do nível do mar, eventos climáticos extremos e afetação da biodiversidade, da saúde humana e a economia global. 

É importante começar a tomar medidas que reduzam as emissões de gases do efeito estufa e mitigar o impacto do aquecimento global. Eu, acredito que o aquecimento global é um problema sério e iminente, que irá afetar significativamente a Terra e a humanidade. As mudanças climáticas resultantes do aquecimento global já estão a alterar o clima em todo o mundo, causando eventos meteorológicos extremos, como secas, enchentes, furacões e incêndios florestais, que afetam a segurança alimentar, a saúde e a economia global. 

Além disso, o aumento da temperatura global está a causar o derretimento das calotas polares e geleiras, elevando o nível do mar e inundando áreas costeiras densamente povoadas. Isso pode levar a uma crise humanitária e a um grande deslocamento de pessoas, que pode resultar em conflitos e tensões sociais. Modifica também a biodiversidade do planeta, e a capacidade das espécies animais e vegetais sobreviverem e prosperarem, pode ter consequências imprevisíveis e possivelmente catastróficas para a biosfera. 

Por todas essas razões, acredito que é crucial tomar medidas significativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os efeitos do aquecimento global. Creio que é necessário investir em fontes de energia limpa, como a energia solar e eólica, a adoção de práticas agrícolas sustentáveis e a promoção e conservação da biodiversidade. Além disso, é importante educar e conscientizar as pessoas sobre a forma como a sua pegada pode influenciar o aumento do aquecimento global, encorajar para ações individuais que reduzam a pegada de carbono, como a escolha de transportes mais sustentáveis, redução do desperdício alimentar e um consumo consciente. Penso que com uma ação coletiva se possa enfrentar esse problema global e assegurar um futuro sustentável para a Terra e para a humanidade. 

Existem teses sobre o aquecimento global e o seu impacto na Terra e na humanidade em que se defende que este fenómeno climático é uma das maiores ameaças para o nosso planeta e para as gerações futuras. A elevação da temperatura média do planeta está a causar mudanças significativas no clima e no meio ambiente, afetando a biodiversidade, a produção de alimentos, a saúde humana e a segurança energética. A crescente emissão de gases do efeito estufa, principalmente do dióxido de carbono, que está a provocar o aquecimento, é proveniente, principalmente, das actividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis, desmatamento e agro-pecuária intensiva. 

Ou seja, o aquecimento global está a causar catástrofes no mundo inteiro, que têm sido notícia dos principais medias, o derretimento das calotas polares que está constantemente a aumentar, o aumento do nível do mar, visível já em algumas das zonas costeiras com a diminuição e erosão de zonas de praia, eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, falta de alimentos nas savanas que fazem com que as espécies animais estejam a mudar do seu habitat. 

Mas, não é só, estes impactos afetam diretamente a saúde e o bem-estar da humanidade, aumentando a incidência de doenças respiratórias e infecciosas, afectando também a economia global. É urgente agir para combater este flagelo,é crucial que governos, empresas e indivíduos adotem medidas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, investindo em novas tecnologias, utilizando fontes de energia renovável e implementando políticas públicas que visem mitigar estes efeitos. É responsabilidade de todos nós garantir que o planeta seja habitável para as gerações futuras, é urgente preservar a biodiversidade e os ecossistemas. A luta contra o aquecimento global é uma luta por um futuro sustentável para todos. 

Maioridade penal 

 A Maioridade Penal é um tema que merece destaque e que nem sempre é bem entendido, nos dias de hoje, principalmente entre os mais jovens. Embora a maioridade civil esteja fixada, em Portugal, nos 18 anos, ela atinge-se mais cedo, aos 16 anos. O que quer dizer que qualquer pessoa com essa idade é criminalmente responsável pelos crimes que cometer, podendo ser punida com uma pena. 

Do meu ponto de vista é certo que todos nós, enquanto cidadãos, devemos ser responsabilizados pelos nossos atos e comportamentos e logicamente tem de existir legislação que regulamente os atos praticados. Também concordo que um individuo, a partir dos 16 anos, já tem consciência dos atos que pratica, e como tal não me choca que um adolescente seja responsabilizado criminalmente pelos seus atos, porque se tem noção de que está a violar a lei e se age de má vontade com o intuito de magoar ou ferir então é justo que sena condenado pelo que faz e por isso a maioridade penal aos 16 é correta. No entanto, não concordo que uma criança com 12 anos, como nos Estados Unidos, seja condenado a prisão. 

Mas, todos sabemos que, infelizmente, há crianças e jovens com menos de 16 anos que incorrem em comportamentos graves que seriam crimes se praticados por um adulto. A lei em Portugal não fica, naturalmente, indiferente a estes comportamentos, até que a criança atinja a idade da maturidade penal, é enquadrada no sistema de promoção e proteção de crianças e jovens em perigo, podendo aplicar-se, a favor da criança que neles incorre, uma medida de promoção e proteção. 

A prática dos atos de criminalidade penal, efetuada por uma criança ou jovem que tenha idade igual ou superior a 12 anos e inferior a 16, é apreciada num processo especial, designado por Processo Tutelar Educativo, que designa se podem ser retiradas à família ou, nos casos mais graves, frequentar centros Educativos. A responsabilidade penal juvenil ocorre aos 12 anos, sendo que os jovens abaixo desta idade permanecem inimputáveis. Os jovens entre os 16 e os 21 anos estão sujeitos a um Regime Penal Especial. 

Assim, a maioridade penal refere-se à idade em que uma pessoa pode responder criminalmente como um adulto, ou seja, quando passa a responder ao Código Penal e pode ser condenada em tribunal. 

A maioria dos países adota a Maioridade penal aos 18 anos, seguindo a Convenção dos Direitos da Criança. Mas esta idade pode variar entre os 12 e os 21 anos. Por exemplo, nos Estados Unidos, nove estados possuem maioridade penal abaixo dos 18 anos, nos restantes, os menores de 18 anos são encaminhados para a Justiça juvenil. Porém, o sistema legal do país permite que, dependendo da gravidade do crime, jovens a partir dos 12 anos sejam julgados pela Justiça comum, inclusive com a grande possibilidade de prisão perpétua ou pena de morte, em certos estados. 

O conceito de maioridade penal pode gerar diferentes pontos de vista… É certo que uma criança/jovem a partir dos 16 anos já tem condições de saber o que é certo e errado e assim assumir plenamente a responsabilidade pelos seus comportamentos e atitudes. É verdade, também, que muitos jovens se aproveitam das falhas da lei e aproveitam para cometer crimes. Também é verdade que em alguns países os adolescentes são recrutados, muito cedo, por redes de trafico de droga, para exploração, roubando as pessoas nas ruas e transportes, porque quem os contrata sabe que caso sejam apanhados, a hipótese de serem presos é diminuta, por isso, nestes casos, estas crianças não têm culpa. 

Por este motivo, considero que tem que se ponderar todo o contexto em que estão inseridos estes grupos de jovens, perceber e investigar o porquê de cometerem estes crimes, antes de serem responsabilizados criminalmente: será que sofrem maus-tratos físicos, como castigos corporais, privação intencional de alimentação ou medicação?; Será que sofrem maus tratos emocionais, entre os quais se contam os insultos e outras condutas de humilhação e desprezo?; Será que são deixados entregues a si próprios pelos cuidadores e negligenciados, não lhes dando os devidos cuidados ao nível da educação, da saúde e alimentação? Estas poderão algumas nas questões que se devem ter em atenção quando se prende estes jovens. 

Concluindo, é certo que vivemos em sociedade e que temos de respeitar os outros, ter tolerância, solidariedade e seguir as normas sociais que foram implícitas ou explicitamente estabelecidas, com tal é necessário que esteja definido um limite para a maioridade penal…. No entanto considero que tem de existir, por parte dessa mesma sociedade, um esforço e um maior investimento na prevenção de comportamentos considerados de risco para que esta maioridade penal não seja aplicada! 

Direitos dos animais

 O que é o direito de um animal, é um movimento que procura garantir respeito e proteção dos animais contra maus-tratos e outros atos cruéis (experiências científicas, proibição à liberdade, etc…), um direito que não está consagrado e registado. Debatemo-nos cada vez mais com este problema, devemos defender os animais e encontrar estratégias/medidas, para que a sua vivência seja assegurada com justiça e respeito, bem como a sua liberdade. 

Os direitos dos animais é um assunto que continua na ordem do dia e que é alvo de constantes debates e reflexões. A presença dos animais é relevante, visto que sempre existiram e fizeram parte do meio ambiente, antes até, da existência do Homem, a Terra já era habitada por eles. Vários filósofos como Kant, apresentaram as suas posições através de hipóteses/teses, argumentos e exemplos (o mais conhecido é da experiência científica, pois já existe há séculos) para ajudar os animais. Por isso é que devemos atentar para a importância deste assunto. 

Como defensora da questão de que os animais devem ter direitos, considero que os seres humanos têm muitas obrigações para com os animais e infligir-lhes sofrimento desnecessário e evitável, só esta posição poderá ter sentido neste novo mundo moral e humano. Por esta razão, vou apresentar argumentos que referem a ausência de direitos por estes seres vivos. 

Tal como os seres humanos, os animais domésticos, exóticos e selvagens têm vida, ou seja, estão conscientes do mundo e sentem dor. Mas, a toda a hora assistimos a notícias de maus tratos, que vão desde neglicência com os animais domésticos, morte de animais selvagens por desporto, utilização de cobaias para uma série de fins científicos. O conhecimento científico é o argumento mais utilizado para mostrar como são tratados, sem respeito, como o caso do laboratório da empresa Vivotecnia que divulgou vídeos das suas experiências, onde se podiam ver maus-tratos e problemas genéticos que aconteceram aos animais registados para serem testados. 

A criação de parques zoológicos, os circos, as touradas e os desportos que envolvem animais, principalmente os cavalos, são situações que nos permitem visualizar e verificar que aos animais não é dado o direito de viverem em liberdade. São trancados em jaulas sem condições agradáveis, são proibidos de expressar e manifestar comportamentos, ou são retirados à força do seu habitat para participar em eventos e trabalhos que causam stress, dor, e às vezes, a perda da sua própria decência. Isto tudo, só para o ser humano se possa divertir. 

Apesar de estes acontecimentos já terem ocorrido antigamente, com os torneios medievais, lutas com animais, corridas de bigas, que serviam para os cavaleiros treinarem, mas provocavam dor e morte do animal, considero que tal como as sociedades evoluem também o ser humano evolui e deve começar a ter a noção de que os animais fazem parte do nosso habitat, que é necessário olhá-los com outros olhos para perpetuar a sua espécie e lhe proporcional bem-estar animal. 

Mas, ainda existe muita gente com objeções à teoria da defesa dos animais que defendo, a primeira crítica descreve o desequilíbrio da reprodução de animais, como o caso dos javalis que devem ser abatidos, porque o seu crescimento rápido d pode levar à morte dos humanos e também de outros animais, as suas presas, por esse motivo são controlados e fechados numa área restrita e o seu abate é autorizado, por exemplo, o governo dos Açores, matou mais de 80 mil animais. 

Outro aspeto que viola o direito dos animais é a hipocrisia das pessoas, isto é, estão a defender os animais, mas esquecem os maus tratos a que muitos são sujeitos para nos alimentar diariamente. Afinal, a maior parte dos humanos come animais, carne de vaca, de porco, de borrego, mas para que o alimento chegue à nossa mesa muitos são os animais que são vitimas de maus tratos diários, que não têm o direito a ter liberdade, que não vêem a luz do sol, isto tudo devido à produção em massa. 

Apesar de a experimentação animal ser uma parte significativa e vital para a descoberta da cura de doenças humanas devastadoras, e para proteção de produtos comerciais (alimentos e suplementos) esta não deve ser feita de forma a explorar o facto de os animais, como os ratos e outras espécies, serem considerados pragas, deve ser controlada, pois tal como as outras espécies eles são necessários. 

Concluindo, o direito à vida é para todos, dependendo de quem somos, humanos ou animais. Ao longo do tempo, foram muitas as pessoas que pensaram e argumentaram para preservar estes seres vivos, porém a ignorância e a superioridade, presente na cabeça de muitos humanos deixa que continue a acontecer muito mau trato animal e muito desprezo pelo seu direito à vida com dignidade. Os direitos fundamentais dos animais só conseguirão ser reconhecidos após muita luta e sofrimento, têm sido muitas as manifestações, os debates na Assembleia da República e muita coisa se tem conseguido, mas ainda existe um longo caminho para traçar e conseguir que, pelo menos os animas domésticos tenham mais direitos e os selvagens sejam mais protegidos para não acontecer a sua extinção. 

Defesa dos direitos das mulheres nos países islâmicos

 Serão hoje os direitos das mulheres, nos países islâmicos respeitados pela sociedade? Não, os direitos das mulheres não são respeitados pela sociedade nestes países. O termo Direitos das mulheres refere-se aos direitos objectivos, reivindicados para as mulheres em diversos países. Porém, em alguns destes países, os mesmos são suprimidos ou completamente ignorados. Os direitos das mulheres, nomeadamente o respeito às mesmas, no que toca aos países islâmicos, continua a ser um assunto bastante falado e discutido pela sociedade. 

Na época medieval, as mulheres eram tratadas de modo submisso, só pelo simples facto da sua condição, serem mulheres. Só em caso de viuvez é que tinham o direito à sua propriedade, e a assumir a chefia da família, o que nos mostra que este problema, não é um problema atual, há bastante tempo. 

Em Portugal, as mulheres deixaram, perante a lei, de dever obediência ao marido em 1910 e, em 1931, puderam votar desde que tivessem um curso secundário ou superior. Só em 1968 obtiveram direitos políticos iguais aos dos homens, e, apenas no ano seguinte, salário equivalente ao masculino. 

Mas, voltando ao assunto principal, as leis e a cultura islâmica possuem um grande impacto nos mais variados aspetos da vida de uma mulher, como a sua educação, a oportunidade de emprego, herança, casamento e justiça, entre outros. O papel das mulheres, na sociedade muçulmana, mudou desde que o Islamismo começou na Arábia, no início dos anos 600 d.C., com a mudança de circunstâncias sociais, económicas e políticas. 

Embora o Islão considere homens e mulheres como moralmente iguais, à vista de Alá, as mulheres não tiveram o mesmo acesso a muitas das áreas da vida islâmica. Historicamente, as mulheres muçulmanas não foram tratadas como iguais aos homens, o que mostra que não é um problema atual. Um dos exemplo, da falta destes direitos, é o facto de as mulheres ainda precisarem da autorização de um familiar do sexo masculino para se casar ou viver sozinhas, incorrendo em penas graves se não o fizerem. Uma relação com um homem, fora do casamento, ou não aprovado pela família é considerado um crime grave, que por vezes leva a que mulheres sejam castigadas em praça pública. 

Um segundo exemplo da falta de direitos comuns à maioria das mulheres é não ser permitido o uso de roupas ao estilo ocidental, na Arábia Saudita, devem usar uma interpretação da sharia, com um vestido longo e preto de manga longa, chamado abaya. Elas também devem cobrir os cabelos com um véu, e em alguns casos o rosto precisa ser totalmente coberto. A Maior parte não tem direito em emitir opiniões pessoais acerca de nenhum assunto e se o fizer a sua opinião não é considerada. As jovens já se começam a manifestar pelos seus direitos e muitas vezes já o fazem acompanhadas de colegas homens da sua idade, que, finalmente começam a perceber a injustiça das suas mulheres. 

Não deve ser fácil para uma jovem islâmica, ver as outras jovens ter direitos que elas não conseguem ter, direito a vestir-se como gosta, a decidir o que lhe apetece fazer, a estudar (em alguns países islâmicos), a poder opinar acerca da vida familiar. Não deve ser fácil ser mulher nestes países, é preciso ter muita força e coragem. 

A meu ver, por mais que lutemos por estes direitos, não falando só nos países islâmicos mas, nos direitos das mulheres a nível global, por mais que a maioria já queira e aceite que as mulheres possuam os mesmos direitos que os homens, acredito que ainda existam muitas vozes que irão querer estabelecer uma diferença nesses direitos. Acredito que esta realidade se vá diluindo e que estas diferenças possam acabar em todos os países. Não é por sermos do sexo masculino ou que podemos ter certa profissão, ter um salário diferente, direito a opinar e decidir, a estudar entre outras coisas. Cabe-nos a nós, jovens, que no futuro lutemos por estes direitos de igualdade entre sexos, será sempre uma luta difícil mas acredito que será possível. 

Será a corrupção um problema possível de se resolver?

 A questão da corrupção tem sido diversas vezes discutida e, de facto, é um problema do qual nenhuma sociedade esta livre. Nós, seres humanos, tal como todos os seres vivos, conseguimos habituar-nos a viver em sociedade e isso já é um grande feito, se tal não tivesse acontecido provavelmente ainda estaríamos a lutar por um simples pedaço de carne e, certamente, não estaríamos tão evoluídos, porque sem regras e organização cada individuo teria de lutar pela sua sobrevivência. 

Mas, nada é perfeito, apesar de termos criado uma sociedade bem organizada, há um problema que está a abrandar, ou até mesmo estagnar, o desenvolvimento de certos países, a corrupção. Receio que esse problema não esteja relacionado com o nosso sistema, nem com as nossas leis, mas sim com nós próprios. Grandes filósofos estudaram esses comportamentos desviantes e chegaram á conclusão que nós, somos seres gananciosos, invejosos e traiçoeiros, tomamos decisões de acordo com as nossas vontades e interesses, e não importa o que tentemos fazer, voltamos sempre a cometer os mesmos erros, o que já acontece desde os primórdios da humanidade. 

Considero que estes comportamentos, inaceitáveis, também acontecem dentro dos nossos governos, das nossas câmaras, das nossas empresas. Políticos e gestores que ao trabalharem com grandes quantias de dinheiro tendem a desviarem algum desse dinheiro, proveniente de fundos do governo, que por sua vez provém de nós, contribuintes. 

Infelizmente esta questão já é bastante comum nos nossos dias, presumo que todos saibamos o que é a corrupção e nenhum país está imune à mesma. O abuso dos cargos públicos para ganho pessoal corrói a confiança das pessoas no governo e nas instituições, reduz a eficácia e justiça das políticas públicas e desvia o dinheiro dos contribuintes que iria para escolas, estradas e hospitais para as contas pessoais, muitas vezes escondido em offshore ou em empresas fantasmas. 

Por exemplo, Portugal é um dos países mais corruptos da europa, em média estima-se que 18 mil milhões de euros sejam desviados todos os anos, grandes projetos de construções públicas são cancelados por falta de verba, temos o exemplo do hospital central do algarve que ia ser construído em 

Albufeira, do novo aeroporto de Lisboa, entre muitas outras obras. Apesar disso, ainda assim conseguimos desenvolvermo-nos, com a ajuda dos fundos provenientes do fundo europeu, ao contrário de alguns países onde a situação é tão grave que os fundos do estado não são suficientes para garantir o seu desenvolvimento. 

Para termos noção, alguns dos países onde a corrupção é enorme, não têm dinheiro para investir em áreas sociais, como a indústria, saúde e educação e é nesses países que a escravidão é mais comum, locais onde as pessoas trabalham 18h por dia, durante sete dias por semana, para ganhar uns míseros tostões que garantem a sua sobrevivência e a da respetiva família. O maior número de países, com elevada taxa de corrupção, encontra-se em África, ou na Índia, mas é no continente africano que esses problemas se agravam mais. 

Mas, porque é que nós, pessoas com uma vida financeira estável, não tentamos ajudar, não somos todos da mesma espécie, não devíamos ajudar, como todas as outras espécies fazem? Bem, a resposta a essa pergunta é complicada, pois as associações e os governos de países desenvolvidos não podem, simplesmente, enviar dinheiro para esses países, pois certamente que não vai ser utilizado para fins lucrativos, mas sim desviados para corrupção e proveito e sustento das famílias dos líderes. 

Para evitar o desenvolvimento da corrupção nesses países o governo criou estratégias de ajuda, sem ser com a entrega de dinheiro, através de envio de bens essenciais, devidamente organizados por instituições, e até mesmo isso, origina por vezes desvio de mercadorias. Os governos desses países, ao não terem dinheiro suficiente para investir em setores sociais que possibilitam a entrega de bens, como alimentos, medicamentos, etc., acaba por aumentar a corrupção. Sendo assim há alguma maneira de parar a corrupção? 

A corrupção é proibida por lei e se algum político for apanhado a fazê-lo é preso, existem mecanismos que tentam travar a corrupção, mas, sem vontade política não há́ nada a fazer, precisamos de vontade política para criar instituições fiscais fortes que promovam a integridade e a responsabilidade e devolvam a confiança aos nossos governos. 

Mas, quando é o próprio governo que rouba, descaradamente o povo, então as estratégias para o combate à corrupção falham e todos os dias vemos notícias de pessoas com grandes cargos no poder que estão a serem investigadas por desvio de fundos. Como podemos dar a volta a uma situação que não tem forma de dar? 

Acontece que o próprio governo que rouba o seu povo, também o faz com impostos muito altos e injustos, exigindo da população o pagamento de impostos em praticamente tudo o que tem e que tem de declarar, mas o governo não declara nada do que faz, esconde, o que é um contra-senso. Porque é que, o governo, com os fundos retirados às pessoas, não investem numa instituição de apoio às pessoas com necessidades? Ou será que esse dinheiro também seria roubado? 

Considero que a corrupção é um círculo vicioso e sem volta a dar, apanhamos uns e aparecem outros, está colado à nossa existência e é uma forma de sobrevivência, na qual os mais ricos exploram os mais podres, será sempre assim. Este problema deixa os povos menos confiantes e sem esperanças para o futuro, o que afeta a taxa de natalidade, que posteriormente causará o decréscimo da população. 

 A eutanásia é eticamente correta ou incorreta?

Desde o nosso nascimento, todos nós temos a certeza que um dia iremos morrer. Todos nós sabemos que um dia podemos desaparecer, qualquer que seja a nossa condição de vida. Porém, por motivos de doença, por motivos de situações que nos deixam incapacitados, paraplégicos, etc, muitos escolhem interromper a vida, por não suportarem a dor ou a situação de incapacidade face às tarefas do seu dia-a-dia. Estas pessoas escolhem terminar o ciclo da vida em detrimento do sofrimento, terminar com a dor e a humilhação de sobrecarregar as pessoas com que vivem, pois muitos dependem de familiares para cuidarem de si. 

Com o passar dos anos, a medicina evoluiu imenso, originado soluções para que as pessoas possam escolher terminar a sua vida, mas infelizmente ainda é um método pouco aceite na sociedade atual. As pessoas deviam poder decidir sobre o fim da sua vida, afinal, elas estão a sofrer e ninguém pretende continuar a sua vida a sentir dor permanente durante um longo período, dor que muitas vezes nem a própria medicação consegue atenuar. 

A eutanásia é o ato intencional de proporcionar a alguém uma morte indolor, o doente tem a opção de acabar com o seu sofrimento provocado por uma doença incurável ou muito dolorosa, sem boas perspectivas futuras, como um doente que está em estado terminal, em sofrimento intenso ou inconsciente. Quando falamos deste método, estamos a falar de uma morte desejada pelo paciente ou pelos familiares mais próximos, que desejam o final do sofrimento do seu ente, porque por mais que se sofra com a perda, temos de ter noção que se está a tomar uma decisão difícil e dolorosa, mas que é a melhor. 

A eutanásia ainda é um tabu, para muitos países que ainda não permitem este método, por exemplo a Rússia. Enquanto isto, outros países já legalizaram e debateram a eutanásia, seja ela passiva ou ativa, como o Canada, o Brasil, Espanha, Holanda, que permitem intervir de forma deliberada para terminar a vida de uma Pessoa, por exemplo injectando uma dose excessiva de sedativos. Também existem muitos países, principalmente do continente africano, em que a legalização da eutanásia continua a ser uma situação desconhecida da maior parte da população. 

Em Portugal, apenas foi liberada a eutanásia passiva que consiste em não realizar ou interromper o tratamento necessário à sobrevivência do doente, neste momento estamos no processo de discussão, na Assembleia da República, sendo que a primeira vez a proposta foi rejeitada e agora, parece que entraremos numa nova fase em que, acredito, finalmente poderemos ter esta possibilidade no nosso País. “Viver ou morrer? Porque um paciente deve continuar vivo a sofrer?”, será sempre esta a questão mais pertinente da Eutanásia. 

As pessoas que se opõem à eutanásia afirmam que é uma alternativa suicida, mas porque um doente devia continuar vivo a sofrer? Para um paciente tomar esta decisão, os médicos tendem a estudar vários fatores para que o pedido seja aprovado ou não, são analisados algumas componentes como: biológicas, psicológicas e económicas para ter a aprovação, logo o paciente tem noção da sua decisão e tem bastante tempo para decidir se são isso que quer. Por este motivo considero que a morte assistida é a via mais correta para quem sofre tanto, é uma via de respeito e liberdade individual dos pacientes. 

Se a morte assistida é uma via para aliviar a dor e o sofrimento, que é um sentimento insuportável para o Paciente, logo é algo que deve ter em conta essa decisão própria, uma vez que o princípio da autonomia defende que os agentes racionais devem poder viver a sua existência em harmonia com as próprias decisões autónomas, logo, os países devem legalizar a eutanásia para os cidadãos que lá vivem terem as suas próprias decisões autónomas. E mesmo quando o paciente não está já em condições físicas de concordar com a decisão e a sua família, os seus cuidadores, que sofrem quase tanto como o paciente, têm o direito de tomar essa decisão, porque ela também não lhes permite viver de forma digna, porque estão “presos”. 

Como um bom exemplo temos o caso de Ramon Sampedro, que foi um mergulhador que ficou tetraplégico aos vinte e cinco anos, após calcular mal a profundidade do mar durante um mergulho. Incapaz de se suicidar sozinho devia a sua paralisia, invocava o direito à eutanásia que ainda não estava legalizada, em 1998, por isso o seu pedido sempre foi negado pela justiça espanhola. Sem outra solução, Ramon faleceu aos cinquenta e cinco anos envenenado com cianeto de potássio, que ajudado por uma amiga que mais tarde admitiu o crime. Assim, percebemos que Ramon passou mais da metade da sua existência acamado e que desejava a morte assistida porque não aguentava ver-se nessa situação, Ramon acabou por morrer de uma forma mais dolorosa por não ter direito a eutanásia. 

Acredito que num futuro próximo todos poderemos ter essa hipótese em caso de necessidade para que quem o quiser fazer possa ter a possibilidade de morrer de forma digna e sem dor alguma. Sendo assim, a eutanásia tem que ser legalizada em todos os países. As pessoas que são contra este método de morte não conseguem perceber o sentimento de ser incapacidade e ser um peso para quem está a cuidar dele. Eu relembro sempre o filme “Mar Adentro”, inspirado no caso Ramon Sampedro, onde se exprime que “viver é um direito, não uma obrigação”, as pessoas que têm que fazem um pedido de suicídio assistido, sentem que estão a viver de forma obrigatória, pois estão a sofrer.